A competitividade está em alta!

Em 1959, o naturalista inglês Charles Darwin publicou o livro “A origem das espécies”, no qual mudava radicalmente a biologia com a sua famosa “Teoria da Evolução”. De acordo com essa teoria, há uma luta pela sobrevivência na natureza, mas aquele que sobrevive não é necessariamente o mais forte e, sim, o que melhor se adapta às condições do ambiente em que vive. Uma luta parecida deve se acirrar daqui para frente no mercado corporativo do novo mundo pós-pandemia. Os profissionais mais bem-sucedidos e com mais chances de conquistarem os melhores empregos serão os que tiverem maior capacidade de reagir positivamente às mudanças que já começamos a enfrentar.

Neste mundo pós-pandemia, portanto, a competitividade para se conseguir um emprego será ainda maior, exigindo dos candidatos mais preparo para superar os mais diferentes desafios e capacidade de dar respostas mais rápidas às organizações de todos os portes e segmentos. Hoje em dia, o mercado de trabalho já busca profissionais não apenas com habilidades técnicas, mas também com habilidades humanas e conceituais. Eles têm que estar alinhados aos objetivos estratégicos da empresa na qual trabalham. Essa tendência deve se acelerar fortemente daqui para frente, pois a quantidade de mão-de-obra disponível no mercado vai crescer bastante e, ao mesmo tempo, os consumidores e clientes também estão mudando. Muitas empresas, e seus profissionais, precisarão mudar para continuarem sendo competitivos. Muitas empresas terão de se reinventar para não morrerem – e isso exigirá profissionais capazes de enxergar e aplicar as inovações necessárias.

É preciso entender que existe uma diferença muito importante entre “competitividade” e “competição”. No mundo corporativo, por exemplo, o que diferencia uma empresa que desenvolve a competitividade e aquela que incentiva a competição? Competição não é algo positivo. Já a competitividade é saudável, pois envolve a autossuperação e a busca pela melhor forma de realizar uma atividade, enquanto a competição é uma maneira de superar o outro, como se fosse um esporte. Os profissionais que são treinados para desenvolver as características da competitividade conseguem alcançar mais rapidamente os seus objetivos e melhorar os resultados que a sua empresa demanda.

Mas como se tornar, na prática, um profissional mais competitivo? Competitividade abrange, obrigatoriamente, três pontos essenciais no dia a dia de trabalho: aprendizado constante, talentos/competências e rede de contatos. Essas questões não podem sair da mira de quem pretende se aprimorar profissionalmente e ser mais competitivo ao disputar uma futura posição dentro de um organização de qualquer tamanho ou área de atuação. Confira algumas características de um profissional competitivo que são buscadas, cada vez mais, pelos selecionadores e chefes:

  • Resiliência. A resiliência pode ser definida como a capacidade de superar as adversidades, sem transformar isso em sentimentos negativos. O cenário deste mercado pós-pandemia será caracterizado por frequentes e rápidas transformações de tecnologia e na economia, exigindo mudanças nas instituições e nos seus profissionais. Isso exige a capacidade de saber se adaptar. E somente assim as empresas conseguirão se ajustar às novas condições econômicas, sociais, culturais, tecnológicas e políticas. Todas essas pressões e cobranças constantes por parte da empresa e do mercado poderão gerar ansiedade e estresse em profissionais sem a capacidade da resiliência. O mercado de trabalho necessita de profissionais adaptáveis às mudanças e capazes de lidar com as pressões de uma forma positiva.
  • A capacidade de tomar decisões eficazes. É fundamental que o funcionário aprenda a fazer escolhas de forma rápida e assertiva.
  • Ser diferente. É essencial se diferenciar dos demais. Pensar diferente, trazendo soluções inovadoras para questões do dia a dia. Para isso, é preciso colocar em prática suas habilidades, mostrando competências, agregando valor ao seu trabalho e, assim, buscando bons resultados para a empresa.
  • Inovação. Inove sempre que puder. Inovar significa “sair da caixa”, ter ideias, criar novas soluções e abusar da criatividade – sem deixar de ser factível, é claro. Isso vai diferenciar e valorizar seu trabalho. Ser inovador nos processos internos representa pensar de modo distinto, criar um ambiente propício ao desenvolvimento da equipe, gerar valor e, com isso, atingir objetivos expressivos.
  • Empatia. É a habilidade de se colocar no lugar do outro. Desenvolvê-la requer atitudes como ouvir na essência, o que exige olhar para a pessoa enquanto ela fala, sem julgar ou dividir sua atenção com atividades paralelas, por exemplo. A empatia é uma das competências sociais mais relevantes para o mercado de trabalho. Por meio desse sentimento, os líderes se tornam capazes de realizar tarefas como: compreender seus liderados e manter um interesse ativo por suas preocupações; dar a melhor orientação para servir, antever, identificar e satisfazer as necessidades dos clientes; aprimorar sua capacidade de desenvolver equipes, perceber as necessidades das pessoas, identificar seus pontos fracos e reforçar suas aptidões; e cultivar as melhores oportunidades por meio de pessoas diferentes, sem deixar de valorizar a diversidade.
  • Estudar constantemente. Existem muitas formas de estudar constantemente sobre a sua profissão e o seu mercado de trabalho: ler reportagens, estudos, pesquisas e livros; ter conhecimento dos fatos que são notícias relevantes na atualidade; conversar com outros profissionais da área; pesquisar novidades; ser ativo em grupos de discussão online relacionados à sua profissão; investir na educação contínua com coaching; pós-graduação; cursos complementares; treinamentos online; seminários; palestras; buscar novas tendências; e manter-se ativo com a sua rede de contatos – entre muitas outras ações essenciais para quem, de fato, deseja estar à frente.

A competitividade dentro das empresas deve ser encarada com um ponto altamente positivo. A visão de que ela causa rivalidades e brigas no ambiente corporativo já está ultrapassada, pois nem sempre isso acontece de verdade. Hoje, em geral, os profissionais já conseguem desenvolver essas características com bom humor e respeito pelos demais. Para se ter ideia, de acordo com uma pesquisa da Page Personnel, organização de recrutamento especializada em profissionais de gestão, 90,3% dos profissionais consultados afirma que a competitividade faz bem ao desenvolvimento do profissional e da própria empresa. Então, que tal você também começar a investir na sua competitividade profissional?



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